Elon Musk se torna a primeira pessoa da história a perder US$ 200 bilhões
Se existisse uma máquina do tempo, Elon Musk não pensaria duas vezes em voltar para o passado. Afinal, no fim de 2021, o empresário se destacava (até então) como o homem mais rico do planeta e a primeira pessoa do mundo a acumular um patrimônio acima dos US$ 300 bilhões. Mas hoje a situação é outra e o CEO de Tesla, SpaceX e Twitter amarga a “conquista” de ter se tornado o primeiro indivíduo da história a perder US$ 200 bilhões.
O ex-homem mais rico do mundo
Segundo Bloomberg Billionaires Index, o patrimônio de Musk em novembro de 2021 era de aproximadamente US$ 340 bilhões. O problema é que 2022 passou num piscar de olhos e, ao fim dele, o bilionário viu sua fortuna despencar para apenas US$ 137 bilhões.
É claro que a recessão generalizada e o cenário econômico conturbado com a guerra entre Ucrânia e Rússia interferiram nisso. Mas curiosamente, o principal fator para o empobrecimento de Elon Musk é o mesmo motivo que um dia já foi o principal ganha pão do executivo: a Tesla.
Imagem: Milan Csizmadia/Unsplash
Em janeiro do ano passado, as ações da empresa de carros elétricos eram cotados a cerca de US$ 382 cada. Mas após a decisão de comprar o Twitter — após uma longa a conturbada novela —, Musk precisou se desfazer de boa parte dos 25% de participação da Tesla para honrar os novos compromissos. Erro fatal.
O fato gerou desconfianças de muitos acionistas da fabricante de carros, que reduziram ou até zeraram suas posições em ações da montadora. Além disso, a gestão inicial à frente do microblog ajudou para que os papéis da Tesla caíssem para US$ 119 no fim de dezembro do ano passado.
Como resultado, o executivo finalizou 2022 com um prejuízo superior a US$ 200 bilhões e atualmente detém um patrimônio de “apenas” US$ 133 bilhões. Isso, inclusive, fez com que Musk perdesse o posto de homem mais rico do mundo, que agora é mantido por Bernard Arnault, presidente do conglomerado francês de luxo LVMH.
[–quebra–]
Futuro de Elon Musk é uma incógnita
Quem é antenado ao mundo do business certamente está se perguntando se Elon Musk voltará ao posto do homem mais rico do planeta. Mas a pergunta de milhões é literalmente uma incógnita já que, diferentemente de anos passados, não há como saber o futuro do bilionário.
Sem contar as diversas trapalhadas no comando do Twitter, o próprio executivo chegou a admitir em 2022 que “não quer ser CEO de nenhuma empresa”. A justificativa é que ele se vê muito mais como alguém do operacional do que como alguém da liderança. Mas acredite: a declaração pode afetar sua imagem perante ao mercado.
Imagem: Vasilis Asvestas/Shutterstock
Tudo indica que Musk está em busca de se distanciar do Twitter e nomear um novo CEO para a plataforma. Se isso acontecer pode ser algo positivo para ele e para Tesla, uma vez que acionistas da montadora podem entender que a fabricante de carros está retornando ao foco.
Mas por outro, o movimento indica como a aquisição da rede social foi impulsiva e, aparentemente, sem sentido. E talvez, um dos principais motivos que fizeram com que Elon Musk saísse do topo para um cenário mais conturbado — mesmo que ainda muito confortável quando comparado ao restante do mundo.
Via: TechSpot
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